O USDA divulgará novos números de área plantada nesta terça-feira, quando espera-se algum reajuste no plantio de soja. O contrato de julho de 2009 foi o único a subir nessa segunda-feira, fechando a US$ 12,15 o bushel (+ 1,2%), no melhor nÃvel dos últimos 11 pregões, refletindo os crÃticos estoques do grão neste ano nos EUA. Mas todos os demais vencimentos futuros terminaram em queda, com um baixo fluxo de negócios. O vencimento de maio/10 terminou o dia a US$ 9,64/bushel (- 0,41%), acumulando uma queda de quase 10% nos últimos trinta dias. No relatório de março, o USDA projetou a área plantada nos EUA em 76,024 milhões acres, apenas 0,4% superior ao ano passado. Para o relatório de amanhã, o mercado aguarda, em média, um novo número ao redor de 78,305 milhões acres, significando uma área 3,42% superior ao ano passado.
A estagnação externa logicamente vai promovendo um quadro de estabilidade ao mercado brasileiro. Em Goiás a soja é mais comumente indicada ao redor de R$ 42,50 a saca (bruto). Os preços domésticos perderam o potencial de alta, ao menos no curto prazo. Mas os prêmios de exportação continuam firmemente elevados para o 2º semestre, o que enseja a possibilidade da demanda externa pela soja brasileira manter-se aquecida com a quebra de colheita na Argentina. O contrato de setembro de 2009 na BM&F ainda oscila ao redor de US$ 27 a saca (Paranaguá), cerca de R$ 53 a saca ao câmbio de hoje. Para o inÃcio da entressafra, quando a disponibilidade do grão nas regiões produtoras já será bem mais baixa, este nÃvel no porto tende a gerar uma remuneração ainda atrativa aos estoques remanescentes no PaÃs. O prêmio deste contrato na BM&F sobre Chicago está próximo de US$ 70 a tonelada, no maior nÃvel da temporada. Mas para 2010, pelo menos por enquanto, a sinalização continua sendo de preços mais baixos para a soja no mercado interno.
Veja tabela de dados em: http://www.faeg.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=2780&Itemid=111
A análise de mercado da soja é realizada diariamente pela Gerência de Estudos Técnicos e Econômicos da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG).
Gerente de Estudos Técnicos e Econômicos: Edson Alves Novaes
Responsável técnico: Adriano Vendeth